domingo, 1 de abril de 2012

HISTÓRIA DA ÁFRICA

UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE HISTÓRIA






VALDEMIR MOTA DE MENEZES





RESUMO
A História da África nos
bancos escolares.
Representações e imprecisões
na literatura didática











SANTOS
2011









UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE HISTÓRIA


VALDEMIR MOTA DE MENEZES




RESUMO
A História da África nos
bancos escolares.
Representações e imprecisões
na literatura didática





Trabalho apresentado como requisito para avaliação parcial na disciplina Aspectos da História da África e dos Povos Afro-Ameríndios sob a orientação da Profª. Nanci Lancha Novo



SANTOS
2011










SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO .................................................................................. p. 4

RESUMO................................................................................................... p 5

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ p. 7

BIBLIOGRAFIA ........................................................................ p. 8



































A História da África nos
bancos escolares.
Representações e imprecisões
na literatura didática



APRESENTAÇÃO



Este resumo é baseado no trabalho acadêmico de Anderson Ribeiro Oliva onde o autor faz uma reflexão sobre o processo de ensino de história de acordo com as novas diretrizes da Lei 10639/03 que torna obrigatório o estudo da África no currículo escolar brasileiro. Mas aqui, o autor levanta uma questão interessante: como estudar um assunto que foi esquecido e desconsiderado ao longo da história? Os poucos materiais didáticos que temos tem poucos elogios e muitas críticas e o autor alerta sobre a necessidade de aprofundarmos no conhecimento das múltiplas culturas africanas.




























RESUMO

Anderson Ribeiro Oliva, em seu trabalha, destaca a mudança no ensino de História a partir do final da ditadura militar no Brasil, pois anteriormente o foco era os personagens, datas e eventos. Em um artigo publicado por Hebe Maria Matos, analisando livros didáticos para 6ª serie, ela percebeu que a África era citada apenas como uma barreira geográfica a ser transposta, até que a África se torna fonte de recursos humanos para a colonização da América. Os livros didáticos anteriores a PCNs tratam a escravidão como um evento natural que já era praticado na África. O escritor Alberto Costa e Silva aponta a necessidade de ensinar a História da África, como uma das maneiras de romper com a estrutura eurocêntrica do currículo escolar brasileiro. Apesar do descaso com a história da África, os Estados Unidos e o Brasil são basicamente os únicos países da América que já demonstra certa preocupação em abordar este tema nas escolas.

Na reflexão de Anderson, ele faz dois questionamentos básicos: Primeiro, o que sabemos sobre a África, e o segundo é o que está sendo ensinado nas escolas sobre a África. Anderson cita o fato de os brasileiros só conseguem enxergar na África os pontos negativos, relativo à miséria, sujeira, guerras étnicas e cita a fala do presidente Lula que se admirou ao ver uma cidade limpa na África, o que demonstra as idéias que permeiam o povo brasileiro com respeito aos africanos, fruto de tudo aquilo que a mídia mostra da África. Os europeus e por conseqüência, nós os americanos ao vermos o “outro” sofremos o efeito do “estranhamento”, que é notar em primeiro lugar as diferenças. No caso da África, a cor da pele dos seus nativos foram sempre um referencial de diferenciação.

HERÓDOTO

Desde os tempos da antiguidade que este estranhamento com relação aos africanos se evidenciava. Heródoto ao se referir aos africanos dizia que eles tinham o cabelo mais crespo e que tinha a pele escura por causa do calor. Vemos aqui uma percepção dos antigos que associava a cor da pele ao clima. Heródoto também se admirava com algumas características dos etíopes, por terem um biótipo forte e saudável, pelas suas terras possuírem ouro e riquezas de fauna e flora. Em suas observações, o “pai da História” define os etíopes como trogloditas, bárbaros e que falam uma língua que parece grito de morcegos.


TEOLOGIA CRISTÃ

A visão cosmológica cristã dividia o mundo de acordo com o mapa e a cartografia de Cláudio Ptolomeu. Resumindo-se o mundo na Europa, Ásia e África. Na visão bíblica, Os europeus são descendentes de Jafet, Os semitas povoariam o Oriente Médio e ao sul, ficava a África, povoada pelos descendentes de Cão (ou Cam), filho amaldiçoado de Noé e que segundo a profecia bíblica seria escravos dos seus irmãos. Esta interpretação medieval veio a justificar a escravização dos negros pelos europeus cristãos. Duas encíclicas papais medievais (Dum Diversas e a Romanus Pontifex) autorizavam os reis de Portugal a escravizarem os negros e muçulmanos.

DARWINISMO SOCIAL

A Teoria da Evolução de Charles Darwin também daria bases “científicas” para justificarem a escravidão dos negros. Esta doutrina evolucionista enquadrava os africanos como os mais inferiores na escala evolutiva das raças humanas, sendo eles incapazes de aprenderem e evoluírem. O filósofo alemão Friedrich Hegel também mostrou sua percepção desprestigiadora dos povos africanos ao declarar que “A África não é parte da História do Mundo.” (Hegel, 1995: 174)












































CONSIDERAÇÕES FINAIS


A falta de preparo dos professores em abordar o estudo de História da África esta relacionada à própria cultura brasileira que mantinha uma visão eurocêntrica em sua abordagem da história do Brasil, agora, com o advento da nova lei, recentíssima, de 2003, estamos em uma corrida contra o tempo para primeiro melhor preparar os professores, para só então trabalharmos mais a fundo a questão da África e o objetivo disso tudo é combater o racismo e o preconceito contra os negros e a população ameríndia.













































REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
.

COSTA E SILVA, Alberto (1992). A enxada e a lança. A África antes dos portugueses. Rio
de Janeiro, Nova Fronteira.


Heródoto, 1988: 95, 361

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