domingo, 1 de abril de 2012

MERCANTILISMO

Aula de Mercantilismo, no curso de História, da Universidade Metropolitana de Santos:



Mercantilismo
Na aula de hoje estudaremos o mercantilismo, suas principais
idéias e os efeitos em diversos países europeus. Verificaremos
também suas conseqüências para a Europa e para
o mundo.
Em linhas gerais, o mercantilismo pode ser definido como a
política de intervenção do Estado absolutista na economia
com o objetivo de gerar riquezas..
Dentre as idéias principais que compõem a teoria, destacaremos as quatro
mais importantes.. Em primeiro lugar, o metalismo, isto é, a concepção de
que a riqueza de uma nação está baseada na quantidade de ouro e prata
acumulados, o que, lançava as nações européias numa verdadeira “corrida
pelo ouro”.
Como decorrência do metalismo, desenvolveu-se a idéia da necessidade
de os países manterem uma balança comercial favorável, o que seria
possível por meio do aumento das exportações e diminuição das importações.
As teses mercatilistas ensinavam que para aumentar as exportações e
diminuir as exportações os Estados absolutistas deveriam fazer uso do
protecionismo Isto é, a política econômica deveria incentivar a produção
de artigos para a exportação —de preferência aqueles que possuíssem
maior valor como os produtos manufaturados — impedir a saída de matéria
prima, pois vale mais transformá-la do que vendê-la a um preço baixo.
Portanto, o mercantilismo tornou-se um fator de incentivo à industrialização.
O Estado deveria também dificultar ao máximo a importação de produtos.
Podemos verificar que o protecionismo ainda se encontra presente
em nossos dias, alimentando muitas discussões em torno do comércio
internacional.
O intervencionismo do Estado na economia foi um fator determinante para
que os princíos anteriores pudessem ser aplicados com sucesso. O Estado
deve garantir a eficácia das idéias transformadas em medidas, a fim de
que o mercantilismo funcione a seu favor, ou seja, acumulando metais preciosos
através das conquistas, de uma balança comercial favorável e de
um protecionismo que possibilite o desenvolvimento econômico do país.
Mas essas idéias e por conseqüência o mercantilismo não era igual em
todos os países. A política econômica na Espanha era denominada “metalista”
por possuir quantidade abundante de ouro e prata originários da
América. Dada a facilidade na obtenção dos metais preciosos os espanhóis
não se preocuparam em desenvolver as indústrias para a produção
de artigos para a exportação. Por esse motivo eram obrigados a importar
os produtos manufaturados de que necessitavam.
A França se comportou diferente da Espanha. O que vinha das colônias
não eram os metais preciosos e sim a matéria prima que movimentava
as indústrias. Assim, o desenvolvimento industrial da França foi impulsionado
pela matéria prima vinda das colônias que eram transformadas em
produtos de maior valor e eram exportadas a fim de obter-se em troca os
metais preciosos.
A Inglaterra inicialmente se dedicou ao comércio a fim de obter os metais
preciosos, e em um segundo momento desenvolveu a indústria que será
responsável por importantes transformações sofridas neste período, tanto
na área tecnológica quanto na questão do operariado que trabalhavam
nestas indústrias. Na verdade, a Inglaterra foi o país pioneiro na industrialização,
palco da Revolução Industrial.
As conseqüências do mercantilismo para a Europa foram
o desenvolvimento do Estado Moderno absolutista através
da geração de riquezas e a expansão colonial.. Cada país
mercantilista passou a ter então uma área de atuação com mercado consumidor
e fornecedor de matérias primas que era a função das colônias.
Os principais defensores do mercantilismo, como Thomas
Mun (1571-1641) na Grã-Bretanha ou Jean-Baptiste Colbert
(1619 -1683) na França nunca empregaram esse termo. Sua
divulgação coube a Adam Smith, autor da Riqueza das Nações — obra
fundante da economia política — e um dos maiores críticos da política
mercantista.

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